poesia: Gente como a gente

OUVIR CANTO DOS PASSAROS,
CHEIRAR RELVA DOS CAMPOS,
CUSPIR AO ALTO,
TROPEÇAR EM RALOS DE BURACOS;
PEDIR DESCULPAS Á NINGUEM,
SENTIMENTOS SOFRIDOS POR DESDEM,
PESSOAS, VEM QUE NÃO TEM,
PISTOLAS, TRAVADAS POR RETEM;
SINOS EMUDECIDOS SEM BADALO,
CISTERNAS ANTIQUADAS, RESSEQUIDAS,
CORTINAS RASGADAS DE VARÃO DE ARGOLAS,
SUTILEZAS AO BISTURI DE CIRURGIAS;
ESTIGMAS DE PLASTICAS RETALHADORAS,
MALUCOS DESCEM MORROS,
EMPUNHAM METRALHADORAS;
NOBRES SENHORES,
SENHORAS TRABALHADORAS,
SOBREVIVEM DE SALARIOS AS ENCANTADORAS;
USINAS NUCLEARES,
PONTES DE FERRO COMPRIMIDO,
ARROTARAM ASIAS,
DESTE PADRÃO SOCIAL; ESQUECIDO.
-FIM- 06/01/2011

LUIX CHARLES 11